12 de nov. de 2011

Discurso direto,indireto e indireto livre

Vozes  do  discurso.
 
Quando  lemos  um  texto, há  um narrador,  que  é  quem  conta  o  fato. Esse locutor ou narrador  pode  introduzir  outras  vozes  no  texto para auxiliar a narrativa.
 
Para  fazer  a introdução dessas outras  vozes no  texto, a voz  principal ou  privilegiada, o  narrador, usa o que  chamamos de  discurso. O  que  vem  a  ser discurso dentro  do  texto? Discurso  é  a forma  como as  falas são inseridas na narrativa.
 
O  discurso pode  ser  classificado  em: direto, indireto e indireto livre.
 
Discurso  direto: reproduz  fiel e literalmente algo  dito  por  alguém. Um  bom  exemplo  de discurso direto são as citações ou transcrições exatas  da  declaração de  alguém.
 
Primeira pessoa (eu, nós) – é  o  narrador  quem  fala,  usando aspas ou  travessões para  demarcar  que  está  reproduzindo  a fala de outra  pessoa.
 
Exemplo de discurso  direto: “Não  gosto disso” – disse a menina  em  tom zangado.
 
Discurso indireto: o narrador,  usando  suas  próprias  palavras, conta  o  que  foi  dito  por  outra  pessoa. Temos  então  uma  mistura  de vozes,  pois  as  falas dos  personagens passam  pela  elaboração  da fala do  narrador.
 
Terceira pessoa – ele(s), ela(s) – O  narrador só  usa  sua  própria voz, o  que foi  dito pela  personagem  passa pela elaboração do  narrador. Não  há  uma  pontuação específica que  marque  o  discurso  indireto.
 
Exemplo de discurso indireto: A menina  disse em  tom  zangado, que  não  gostava daquilo.
 
Discurso  indireto  livre:  É  um  discurso misto onde . Há  uma  maior  liberdade,  o  narrador  insere  a fala  do  personagem  de  forma  sutil,  sem  fazer uso  das  marcas  do  discurso  direto. È  necessário que  se  tenha  atenção  para não  confundir a fala  do  narrador  com  a fala  do  personagem,  pois  esta surge  de repente em  meio  a fala do  narrador.
 
Exemplo de discurso indireto  livre: A menina  perambulava pela  sala irritada e zangada. Eu  não gosto  disso! E parecia  que  ninguém  a  ouvia.
 
 
O  tempo  verbal  também  é  fator  determinante dos  discursos. O discurso indireto  estará  sempre no  passado  em  relação ao  discurso  direto.
 
Discurso  direto -  tempos  verbais
 
Presente  do  indicativo:  “Não  gosto disso” – diz a menina  em  tom zangado.  
Pretérito  perfeito  do  indicativo: “Não  gostei disso” – disse a menina  em  tom zangado.
Futuro  do  indicativo: “Não  gostarei disso” – disse a menina  em  tom zangado.
Imperativo: – Vista o  agasalho,  meu  filho.
 
Discurso Indireto – tempos verbais
 
Pretérito  imperfeito do indicativo: A menina afirmou  que  estava zangada.
Pretérito-mais-que-perfeito  do  indicativo: A menina  afirmou que  estivera  zangada (composto –  A menina  afirmou que tinha estado  zangada)
Futuro do  pretérito : A menina disse que  estaria zangada.
Pretérito  imperfeito  do  subjuntivo: A mãe  recomendou-lhe que vestisse  o agasalho.

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